quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Balé conta viagem da Arca de Noé


A Escola de Dança Denise Prates apresenta entre os dias seis e nove, no teatro Rubem Braga, na avenida Beira Rio, em Cachoeiro de Itapemirim, sempre a partir das 20h30, o espetáculo de dança que encerra as atividades da academia deste ano.O espetáculo “A Grande Viagem da Arca de Noé”, conta uma história conhecida por todos, de um dos maiores patriarcas bíblicos, Noé. Desta vez, o balé contará com a participação de 100 bailarinos das mais diferentes faixas etárias. A diretora da academia, Denise Prates, relatou que a “Arca de Noé” fala sobre obediencia e fidelidade. “É por ser um conto especial que a Escola de Dança Denise Prates e o Instituto Compassos escolheram esse tema para comemorarmos o 29º projeto anual de nossa academia”, destacou.A idéia, segundo Prates, é que as crianças e o público possam aprender, através do balé, a história bíblica, aliada ao imaginário infantil com uma bela mensagem, a de que obedecer é sempre a melhor escolha.São 29 anos dedicados à dança, que se concretizam em belos espetáculos. Todos os anos, a Academia Denise Prates, leva a população do sul do estado arte e cultura acessível a todos.“Um ponto importante, que não poderia passar despercebido neste trabalho, é a parceria com o instituto que proporciona a inclusão de 30 bailarinos bolsistas da academia, vindo de comunidades carentes, que atraves do projeto “Passos e Compassos” estarão participando do espetáculo”, salientou. A coordenadora acredita que a iniciativa é responsavelmente social, oferecendo arte, entretenimento e cultura para quem não teria condições de financiar suas mensalidades.

Fonte: ES de Fato

ÚLTIMA CHAMADA PARA PROVA DE ATORES


As inscrições pra prova do SATED foi adiada até o dia 09/12/2008. A prova também será dia 13/12/2008. É o momento e a oportunidade certa pra se profissionalizar e garantir um fundamento para a vida profissional. Envio em anexo o edital e a ficha de inscrição.
Se inscrever é fácil:
- Deposite na conta do SATED-ES o valor da inscrição: R$ 70,00.CAIXA ECONÔMICA, agência 0168; Op. 003; nº da conta 435-8. Peguem o extrato comprovante do depósito e tirem xérox.
- Junte seu currículo artístico, seu portfólio (comprovando suas atuações contidas no currículo), mais comprovante de escolaridade e residência, exigências do Sindicato.
- Preencha a ficha de inscrição (em anexo).
- Junte tudo isso e enviem/entreguem à sede do Sindicato em Cachoeiro, a Rua Alziro Viana, Bairro Aquidaban nº118, aos cuidados de Sara Passabon Amorim.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Um cachoeirense no Prêmio Jabuti


Um cachoeirense no Prêmio Jabuti O cachoeirense Marco Antonio de Carvalho foi destaque na 50ª edição do Prêmio Jabuti, a mais tradicional premiação literárias do país. Com a obra "Rubem Braga – um cigano fazendeiro do ar", Marco obteve o primeiro lugar na categoria "Biografia". Marco Antonio, falecido em junho de 2007, às vésperas do lançamento do livro, dedicou os últimos 12 anos de sua vida na organização da biografia. O lançamento aconteceu em dezembro último, em Cachoeiro, reunindo leitores, amigos e familiares do autor e de Rubem Braga. A entrega dos prêmios ocorrerá no próximo dia 31, em São Paulo. Para marcar a data, amigos e leitores do escritor cachoeirense lhe farão uma homenagem no auditório do Shopping Cachoeiro, a partir das 19h. O evento cultural, organizado por Higner Mansur e Cláudia Sabadini, contará com a participação de João Moraes e, ainda, apresentação musical da cantora Amélia Barretto, acompanhada de Julinho Santos no violão. A homenagem também tem proposta de arrecadar fundos para a compra de novas biografias de Rubem Braga para a biblioteca municipal e para outras bibliotecas públicas dirigidas e freqüentadas por pessoas interessadas na leitura. Quem quiser participar da homenagem, doando um livro, deve confirmar o interesse pelo e-mail queroirnoevento@gmail.com ou pelos telefones (28) 9959-5145, falar com Cláudia Sabadini, e 3511-1105, falar com Mansur. A palestra e o show são gratuitos.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Jornalista fala de sua participação na Bienal


Na Bienal, fui anotando algumas frases interessantes de alguns palestrantes. Na foto eu e Zuenir. Confiram:


Do Zuenir Ventura

“Os jovens me perguntam o que devem fazer hoje para melhorar a situação do Brasil, se espelhando no que foi feito em 68. Eu devolvo a pergunta. O que você pode fazer? Afinal são vocês que estão vivendo o dia de hoje e devem saber o que fazer. Se não sabem é melhor mesmo não fazer nada. Eu sabia do meu tempo. Hoje são vocês que tem que saber”“A crônica do Rubem Braga é feita do nada, de nada”.“Segundo Machado de Assis, a crônica é sobre o oculto, o escondidinho”.“Rubem Braga reinventou a crônica no jornalismo, que queria os grandes fatos, os acontecimentos. O Rubem falava justamente do contrário, daquilo que era descartado. E conseguia espaço no jornal como se fosse notícia. O fato é o acontecimento e essa não é a matéria prima dele, mas é atual. Ela transcende o fato. No jornalismo o relato é perdido, com Rubem Braga não”.“Rubem Braga se imortalizou pela crônica”.


Da Danuza Leão

“Eu não leio Rubem Braga, senão nunca mais escrevo na vida”.


Antonio Carlos Sechim

“Durante 60 anos, Capitu pôde trair Bentinho em paz”."Ficar achando se ela o traiu ou não, é perder a riqueza de toda obra". "Dom Casmurro se considera traído, mas nunca saberemos de Bentinho realmente foi. Quem narra é Dom Casmurro, mas quem viveu foi Bentinho. A narrativa é da perspectiva de um, mas quem viveu foi o outro".

Freud explica..., aliás, nem ele segundo Secchin"O livro que foi lido em 1900 não pode ser analisado do mesmo jeito no contexto atual". "Machado tem elementos freudianos, sem nunca ter conhecido do psicanalista".


É bacana ouvir o que eles têm a dizer, mas também teve muita gente falando bobagem!


texto: Elisangela Teixeira


domingo, 15 de junho de 2008

Ambientes do Braga reuniu professores e alunos

A Prefeitura Municipal de Cacheiro de Itapemirim, por meio das Secretarias Municipais de Educação e Meio Ambiente, realizou nos dias 11 e 12, no Pavilhão de Eventos da Ilha da Luz, o evento Ambientes do Braga.
A solenidade oficial de abertura reuniu um número expressivo de pessoas. Professores e alunos da rede municipal de ensino, em sua maioria, atraídos pelo propósito de refletir e discutir sobre temas relacionados ao meio ambiente. Segundo a secretária de Educação, Sonia Coelho, o evento reuniu duas vertentes. “Tratamos do meio ambiente, assunto muito discutido atualmente e que nos permite abordar a preservação da vida, em todos os seus aspectos. E tratamos também da literatura, de sua importância para a preservação do sentimento”, declarou.
Também presente à solenidade, o curador da Bienal Rubem Braga, José Carlos Dias, falou sobre a importância de se continuar o trabalho desenvolvido na Bienal. “A emoção e os objetivos da Bienal permanecem. As questões ambientais precisam ser debatidas e é fundamental trazer a escola para participar de iniciativas como esta. Afinal, professores e alunos contribuíram decisivamente para o satisfatório resultado obtido com a Bienal.” Na quinta-feira (12/06), último dia do Ambientes do Braga, foram realizadas, além de oficinas e palestras, apresentações culturais, atividades pedagógicas e recreativas.

20 anos de Casa dos Braga

A Secretaria Municipal de Arte e Cultura de Cachoeiro de Itapemirim desenvolverá, no período de 17 a 20 de junho, uma programação especial para comemorar os 20 anos do Centro Cultural Casa dos Braga. Além dos shows será realizada exibição de documentário, apresentação do grupo “Letrinhas de Luz” e releitura Braguiana com Isabel Cristina A. Bastos.


Programação:
Local: Casa dos Braga
Dia - 17 de junho – terça-feira
18h30 – Show musical com Jazz &Cia
19h30 – Exibição de Documentário
20h00 – Show musical com a Banda Estação Leopoldina
Dia - 18 de junho – quarta-feira
13h30 até 16h00 – Literatura Infantil - Contação de História com Adriana Pinheiro- Apresentação do grupo “Letrinhas de Luz”
Dia 19 de junho – quinta-feira
13h30 às 17h00 – Releitura Braguiana com Isabel Cristina A. Bastos20 de junho –
sexta-feira - 09h00 – Café de Antigamente – inspirado na crônica de Rubem Braga

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Bienal terá revista

A Bienal Rubem Braga deste ano, que teve como temática “A Crônica e o Meio Ambiente”, será retratada em uma revista. Com lançamento previsto para este mês, a publicação trará um resumo de tudo o que aconteceu durante os quatro dias de realização do evento, de 5 a 8 de junho. De acordo com o curador da Bienal, José Carlos Dias, a revista vai ser um balanço da programação. “Além de trazer diversas informações sobre as atividades realizadas, como palestras, oficinas, mesas redondas, apresentações musicais e teatrais, as páginas da revista estarão estampadas de entrevistas, depoimentos de escritores, artistas e participantes.” A Revista da Bienal será produzida pela Curadoria, editora Cachoeiro Cult e Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, e será distribuída gratuitamente.

fonte: www.cachoeiro.es.gov.br

domingo, 8 de junho de 2008

A cidade da crônica

A chamada capital secreta do mundo transformou-se, desde quinta-feira, na cidade da crônica. Ao sediar a Bienal Rubem Braga 2008, evento literário cujo nome homenageou um dos mais importantes cronistas brasileiros, Cachoeiro de Itapemirim reuniu escritores – locais e nacionais –, além do público leitor, que pôde conferir até domingo uma série de palestras, mesas-redondas e oficinas, entre outras atrações.
O tema da bienal deste ano, "A Crônica e o Meio Ambiente", além da sintonia com os assuntos em pauta na mídia global, resgatou o pensamento ecológico de Rubem Braga, considerado o primeiro autor que se ocupou em descrever e refletir sobre o meio ambiente da região da bacia hidrográfica do rio Itapemirim, no Sul do Estado. "Ele se preocupava com os peixes, falava sobre as árvores, as aves. Já chamava a atenção para o problema da escassez de água, há mais de meio século, quando nem se falava em ambientalistas", afirmou o jornalista José Carlos Dias, curador do evento.
Durante quatro dias, houve uma extensa programação cultural que aconteceu no pavilhão de eventos construído na Ilha da Luz. Foi montado um auditório com capacidade para 600 pessoas, onde aconteceram as palestras e mesas-redondas. O espaço concentrou a programação literária propriamente dita.
Ao lado desse auditório, esteve a Feira do Livro, reunindo as principais editoras e livrarias do Espírito Santo e de outros Estados. Nesse espaço, coordenado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), foram lançados 25 títulos, de escritores locais e de outras regiões do país.


Cronistas
Entre os convidados de renome nacional, passaram pela bienal figuras como Carlos Heitor Cony, Zuenir Ventura, Danuza Leão e Ana Maria Machado, entre outros. Com o tema "Rubem Braga e a Crônica Moderna", Cony falou na abertura.
Na sexta, além de ter lançado seu mais recente livro, "1968: O que Fizemos de Nós", o escritor e jornalista Zuenir Ventura, 77 anos, foi o palestrante da mesa-redonda "A Crônica como Gênero Literário", que contou com mediação de Francisco Aurélio Ribeiro, escritor e presidente da Academia Espírito-Santense de Letras.
E não são apenas os veteranos que participaram do evento. Autores que representam a nova geração também passaram pela Bienal Rubem Braga. É o caso dos escritores Julián Fuks, 26, e Flávio Izhaki, 30, que participaram no sábado, da mesa-redonda "A Literatura Contemporânea Brasileira".
Autor de "Histórias de Literatura e Cegueira" (2007), Fuks acredita que a literatura contemporânea, no Brasil e em outros países, passa por um momento delicado, que é a perda de leitores. "Hoje pode-se dizer, sem muito pudor, que o cinema e a televisão ocuparam o papel de contar histórias, enquanto a literatura assumiu outra função. O que não é totalmente ruim, pois esta acaba guardando para si mais complexidade e aprofundamento, indo além da necessidade de se contar uma história", observou.


Diversidade
O evento abrigou também artistas de outros campos, além da literatura. Dentro da Feira do Livro houve um tablado com música ao vivo e, no entorno, uma tenda onde foi realizada a mostra Cinema e Literatura, com 18 filmes, entre curtas e médias-metragens, todos baseados em obras da literatura nacional. À noite, no Teatro de Arena, aconteceram exibições de longas em 35mm. A bienal contou ainda com exposições de artistas plásticos da região Sul do Estado; Salão Estudantil de Humor, apresentando cartuns feitos nas escolas, com o tema meio ambiente; apresentações teatrais; e oficinas de criação literária.
De todas as atividades realizadas pela Bienal Rubem Braga, José Carlos Dias chama a atenção para os trabalhos desenvolvidos nas escolas, a fim de formar leitores e escritores. "Essa bienal começou lá atrás, desde o ano passado, quando fizemos parcerias com escolas de Cachoeiro para capacitar os professores que, por sua vez, transmitiriam conhecimentos sobre literatura aos alunos", disse.
Segundo ele, essa experiência possibilitou desenvolver atividades de criação literária em sala de aula, com os estudantes – o que deu bons resultados. "Graças a isso, criamos o Concurso Estudantil de Crônicas e uma categoria do Prêmio Sabiá de Crônica voltada para esses alunos, que apresentaram seus escritos durante a bienal. Queremos estimular a construção de uma cultura literária nas escolas, para que isso deixe sementes importantes", completou o curador da bienal.


O pensamento ecológico de Rubem Braga
O célebre cronista cachoeirense é considerado o primeiro escritor que se ocupou em falar de questões ambientais na região da bacia hidrográfica do rio Itapemirim. Essa faceta do autor foi tema da mesa-redonda que aconteceu no sábado, com os jornalistas Hiran Firmino e Basílio Machado: "Rubem Braga e a Ecologia". Criador e editor-chefe da Revista "JB Ecológico", Hiran falou sobre o pensamento ecológico do cronista. "Temos uma seção na revista intitulada ‘Memória Iluminada’, em que elegemos, postumamente, uma pessoa importante que tenha falado sobre ecologia num sentido amplo", contaou. Na edição deste mês, em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), Rubem Braga foi o personagem escolhido pela publicação.


Texto: Tiago Zanoli.

sábado, 7 de junho de 2008

Rubem Braga e a Ecologia em debate

O tema constante da Bienal Rubem Braga 2008 foi o da preocupação no tocante a preservação ambiental e os modelos de programas e ações a serem seguidos nesse contexto.No sábado (07/06), no auditório Marco Antonio de Carvalho, aconteceu o debate ‘Rubem Braga e a Ecologia’ com as presenças do jornalista e ambientalista Hiram Firmino e do também jornalista e ambientalista cachoeirense, Brasílio Machado, com mediação de Maria Neila Geaquinto.Hiram é editor do “JB Ecológico”, suplemento do Jornal do Brasil, e no contexto atual, onde há uma diminuição do espaço editorial dado a assuntos do meio ambiente, ele tem conseguido como criador, realizador e editor fazê-los crescer e se expandir, atingindo grande público fora dos veículos especializados.Tem contribuído para formação de jornalistas ambientais mediante organizações de cursos e seminários. Ocupou cargos públicos como Secretário Municipal de Meio Ambiente de BH, Presidente da FEAM - Fundação Estadual de Meio Ambiente e ANAMA - Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente.No debate, em alto nível, foi ressaltada a preocupação do cronista Rubem Braga com a necessidade de se preservar o meio ambiente ao longo de toda sua vida e de seu trabalho que se tornou um legado a literatura brasileira.

Humor com consciência ambiental

A utilização do Cartum como forma de conscientização ambiental foi uma das propostas da Bienal Rubem Braga 2008 que apresentou o tema “A Crônica e o Meio Ambiente”, numa referência a preocupação do cronista cachoeirense com a preservação do meio ambiente em grande parte de sua obra. Nesse sentido foi promovido o III Salão Estudantil do Humor, coordenado pelo cartunista Ricardo Ferraz, que contou com a participação de alunos de 51 escolas públicas e privadas de Cachoeiro e outros municípios do sul do estado. A premiação foi de R$ 500 para o primeiro lugar, R$ 300 para o segundo e R$ 200 para o terceiro colocado. Foram mais de 300 trabalhos inscritos e 88 selecionados pela comissão julgadora composta de jornalistas, escritores e artistas cachoeirenses. As produções de cartuns estão expostas no Tablado Cultural e podem ser conferidas até à noite de domingo, no enceramento da Bienal Rubem Braga. Os vencedores foram:
1º lugar – Alex Faria Franco – Escola Cristo Rei

2º lugar - Leonardo Barbosa da Silva – Escola CIE

3º lugar - Anderson da Silva Fraga – Escola Pres. Getúlio Vargas

Receberam a Menção Honrosa ‘Dedé Caiano’, Rafael Pedruzzi, da Escola Camila Mota, de Alfredo Chaves; Pablo Mognol – Escola Vitória -Matilde, de Alfredo Chaves e Alex faria Franco, Escola Jesus Cristo Rei.

Ecologia na Cidade da Crônica

A preocupação com as questões ambientais é tema recorrente na Bienal Rubem Braga 2008 que tem como tema “A Crônica e o Meio Ambiente”. Entre os eventos programados para os quatro dias da Bienal, vários debates enfocaram as ações necessárias à conservação dos ecossistemas capixabas e uma delas foi o lançamento do Atlas de Ecossistemas do Espírito Santo, já considerado por especialistas no tema, como o material mais completo que o Estado produziu com relação à riqueza das informações. A publicação foi desenvolvida pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e Iema, e contou com o apoio do Movimento Espírito Santo em Ação. Além do Atlas, que registra as riquezas do Espírito Santo, também foram lançadas nesse evento, as publicações que mostram os riscos que esse patrimônio corre, como demonstram os livros Espécies Ameaçadas de Extinção de Fauna e Espécies Ameaçadas de Extinção da Flora do Espírito Santo. O prefeito Roberto Valadão e o curador da Bienal Rubem Braga, jornalista José Carlos Dias, receberam dos representantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente as publicações que mostram que o Espírito Santo é uma terra rica em biodiversidade e que precisa ser mantida com ações públicas a médio e longo prazo. A publicação é fruto do trabalho de 30 pesquisadores durante cinco anos. Quem coordenou o projeto foi o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), João Luiz Lani, engenheiro agrônomo com doutorado em Meio Ambiente. “O projeto nasceu com a proposta de preparar um material didático para ser um instrumento de ensino para professores e principalmente de formar uma geração mais preocupada e mais propensa em respeitar a natureza”, revelou o professor. Outros dois livros foram lançados, na Tenda Sabiá da Crônica: Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo que é um documento com vistas a nortear as ações de conservação da fauna no Espírito Santo. Conta com a participação de 42 autores e objetiva proporcionar a difusão desse conhecimento técnico cientifico, agora disponível para pesquisadores, professores, estudantes e Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. A obra conta com 20 autores e apresenta, dentre outras coisas, ao final de cada capitulo, a listagem e o status de conservação para cada uma das espécies listadas. As publicações fazem parte de projetos executados pelo Instituto de Pesquisa em Mata Atlântica (Ipema) com o apoio do Iema.

Literatura e Teatro no encerramento

A Bienal Rubem Braga 2008 dedica o último dia do evento para a apresentação de peças teatrais e debates sobre literatura com as presenças do escritor e cartunista Ziraldo e das escritoras Bernadete Lyra e Ana Maria Machado, entre outros. Na manhã deste domingo (08/06), no Tablado Cultural, a partir das 08h, tem apresentação do grupo de teatro Sabiá com a peça “Aprendendo a viver”, seguido do Grupo Ela de teatro, às 16h30, com a peça “Os animais músicos” e grupo Letras de Luz fecha o dia encenando “O rei que ficou cego”, às 18h30. As palestras vão enfocar a mulher na literatura brasileira, com as participações de Bernadete Lyra e Ana Miranda, com mediação de Beatriz Fraga. Ziraldo (foto) faz palestra às 11h, no Teatro de Arena, com tema livre e às 14h horas a escritora Ana Maria Machado enfoca a literatura para a infância e juventude, com mediação de Elizabeth Serra.

Teatro e Cinema de graça na Bienal

Os fãs da arte dramática têm um compromisso marcado em Cachoeiro de Itapemirim. A Bienal Rubem Braga 2008 coloca à disposição do público geral várias peças teatrais e filmes escolhidos a dedo. Todas as atividades da Bienal são gratuitas. A programação teatral começou na sexta-feira (06/06) e só termina neste domingo (08/06). Ao todo, 12 trabalhos sobem aos palcos do Teatro de Arena e do Tablado Cultural. Oito são representados por grupos de Cachoeiro de Itapemirim, e os outros quatro por grupos de outras cidades do Estado (Vitória, Castelo, Guaçuí e São José das Torres, em Mimoso do Sul).Entre esses últimos, estão o grupo Gota, Pó e Poeira, de Guaçuí que apresentará a peça "A Casa Viaja no Tempo", baseada na crônica homônima de Rubem Braga, e o grupo Fazarte, de São José das Torres, que atuará na peça "Flor de Maio um Tributo a Rubem Braga", onde a trajetória de vida do escritor cachoeirense é apresentada ao público por meio de suas crônicas.Já a programação cinematográfica se divide entre o Teatro de Arena e a Tenda do Cineclube Jece Valadão, montada especialmente para a Bienal, com a ajuda do grupo do Cine Metrópolis, cinema localizado na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Os filmes são apresentados ao longo da programação, incluindo produções baseadas em grandes clássicos da literatura nacional.

Oficinas para divertir e ensinar literatura

Sete oficinas de literatura, leitura, arte e comunicação estão à disposição de estudantes e curiosos durante a Bienal Rubem Braga 2008. Desde sexta-feira (06/06), elas funcionam durante todo o dia, oferecendo cursos rápidos que ajudarão os participantes a desenvolver a comunicação escrita e falada, a interpretação de textos e a expressão corporal. As oficinas serão desenvolvidas até este domingo (08/06), ao longo do dia, sendo que algumas delas se repetem ao longo da programação, possibilitando que uma maior quantidade de pessoas consiga ter acesso às aulas. Aqueles que participarem ganharão, ao final do evento, certificados, para comprovarem que assistiram aos cursos. Entre as opções, estão: "Narração de Histórias Pelas Crianças", "Contação de Histórias", "Leitura Dramática", "Crônica, Som e Ação", "Crônica Jornalística" e "Cultivo de Orquídea". Confira a programação das Oficinas:
Sábado - 07/06
Tenda Oficina I
8h00 às 10h00 – Narração de histórias pelas crianças
14h00 às 18h00 – Contação de histórias
Tenda Oficina II
8h00 às 12h00 – Leitura DramáticaTenda Oficina III
8h00 às 12h00 – Imagens que falam uma questão ambiental
14h00 às 18h00 – Crônica em Câmera, Som e Ação
Tenda Exposição de Orquídea Oficina Livre
8h00 às 9h00 – Cultivo de OrquídeaDomingo - 08/06
Tenda Oficina I
8h00 às 12h00 – Crônica Jornalística
14h00 às 18h00 – Crônica Jornalística
Tenda Oficina II
8h00 às 12h00 – Criação Literária
14h00 às 18h00 – Criação Literária
Tenda Oficina III
8h00 às 12h00 – Imagens que falam uma questão ambiental
14h00 às 18h00 – Crônica em Câmera, Som e Ação
Tenda Exposição de Orquídea Oficina Livre
8h00 às 9h00 – Cultivo de Orquídea.

Noite de autógrafos na Cidade da Crônica

O jornalista e escritor Zuenir Ventura se tornou uma das grandes atrações da Bienal Rubem Braga e vem participando de palestras e mesas redondas desde o primeiro dia do evento.Fã confesso do maior cronista brasileiro, Zuenir veio a Cachoeiro para falar sobre literatura com destaque para o tema “A Crônica como gênero literário brasileiro”, nas instalações da Cidade da Crônica.Na manhã desta sexta-feira (06/06) ele dissertou sobre o assunto com a mediação do professor do mestrado de Estudos de Literários da Universidade Federal do Espírito Santo, Francisco Aurélio Ribeiro.Para o escritor é fantástica a qualidade e o lirismo da produção do cachoeirense Rubem Braga, considerado o maior cronista que o Brasil já conheceu."Vim a Cachoeiro no ano passado e senti grande emoção ao visitar a Casa dos Braga”, lembrou Zuenir.“Vir, novamente, visitar a cidade e participar da Bienal, me deixa honrado", disse, ressaltando a importância da realização da Bienal Rubem Braga, como forma de incentivo à cultura e à educação.À noite, na Sala de Imprensa da Bienal, Zuenir Ventura lançou seu livro “1968 – O que Fizemos de Nós". A apresentação da produção foi feita pelo jornalista e escritor José Roberto Santos Neves que, neste sábado (07/06) lança seu livro "Caçador de Ventos e Melancolias", na Bienal.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Personagens se encontram

A biografia do cronista Rubem Braga produzida pelo escritor Marco Antonio de Carvalho, no livro “Rubem Braga, Um Cigano Fazendeiro do Ar” foi o tema da mesa redonda nesta sexta-feira na Bienal.Personagens como a escritora e cronista Danuza Leão, o artista plástico João Henrique Cúrcio e a jornalista Tati Bueno falaram sobre suas relações de amizade com o cronista cachoeirense considerado o criador da crônica moderna.Danuza nasceu em Itaguaçu, norte do Espírito Santo, em família de classe média. Chegou ao Rio aos dez anos e aos 18 foi a primeira modelo brasileira contratada por uma Maison francesa. Amiga de mitos como Vinicius de Moraes e do próprio Rubem Braga, viu a bossa nova nascer em sua sala.No seu depoimento sobre o cronista, Danuza ressaltou que até evita ler os trabalhos de Rubem Braga quando pretende produzir suas crônicas. “Prefiro não ler Rubem senão jamais conseguiria escrever mais”, garantiu. “Sinto-me muito pequena perto do poeta dos poetas da crônica”, finalizou Danuza.Atuou como mediadora, a jornalista Ana Karla Dubiela autora do livro "A traição das elegantes pelos pobres homens ricos - Uma leitura da Crítica Social em Rubem Braga"Ela é especialista em Estudos Literários e Culturais pela Universidade Federal do Ceará e seu livro começa mostrando as origens e evolução da crônica no Brasil, sua ligação inicial com a história, até ser considerada um gênero literário. Depois, dirige o foco para a crônica de Rubem Braga nos anos 60, em plena ditadura militar, e como ele utilizava as frestas da censura para fazer a crítica social, especialmente no livro "A traição das elegantes", de 1967.

Bienal destaca Meio Ambiente

A Conferência Ambiental Rubem Braga, um dos eventos da programação da Bienal Rubem Braga 2008, terá como atração o lançamento de três publicações destacando os aspectos ambientais do estado do Espírito Santo, na sexta-feira (06/06), às 14h, na Tenda Sabiá da Crônica.Entre os trabalhos de pesquisa está o livro “Espécies da Fauna ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo”, organizado por Sergio Lucena Mendes e Marcelo Passamani.A publicação é o resultado do Projeto Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo financiado pelo CEPF Critical Ecosystem Partnership Fund executado pelo Ipema e apoiado pelo IEMA representa o trabalho de dezenas de zoólogos, que se uniram para produzir um documento com vistas a nortear as ações de conservação da fauna no Espírito Santo.O livro, de 42 autores, apresenta a metodologia usada para a elaboração da lista de Espécies ameaçadas, possui nove capítulos com a descrição das espécies e fotos coloridas e avalia a situação das espécies no Espírito Santo.A publicação do Decreto Estadual 1499-R de 13 de junho de 2005 contendo a lista das espécies ameaçadas de extinção no Espírito santo e agora a publicação do livro representa um importante avanço no processo de conservação da espécie, por proporcionar a difusão desse conhecimento técnico cientifico, agora disponível para pesquisadores, professores, estudantes.

Zuenir é atração na Bienal

Amigo e admirador do cronista Rubem Braga, Zuenir Ventura é uma das grandes atrações desta sexta-feira (06/06), na Cidade da Crônica. O escritor e jornalista veio à Cachoeiro de Itapemirim, especialmente, para dar a primeira palestra aberta ao público da Bienal Rubem Braga 2008, com o tema "A Crônica como Gênero Literário Brasileiro.Com a mediação do professor do mestrado de Estudos de Literários da Universidade Federal do Espírito Santo, Francisco Aurélio Ribeiro, Zuenir dissertou sobre a importância, a qualidade e o lirismo da produção do cachoeirense Rubem Braga, considerado o maior cronista que o Brasil já conheceu. "Vim a Cachoeiro no ano passado e senti grande emoção ao visitar a Casa dos Braga. Vir, novamente, visitar a cidade e participar da Bienal, me deixa honrado", disse, ressaltando a importância da realização da Bienal Rubem Braga, como forma de incentivo à cultura e à educação. A partir das 18 horas, Zuenir volta ao Pavilhão de Eventos da Ilha da Luz para lançar seu livro "1968 – O que Fizemos de Nós". A apresentação da produção será feita pelo jornalista e escritor José Roberto Santos Neves que, amanhã, também lança seu livro "Caçador de Ventos e Melancolias", na Bienal.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Inscrições para Bienal na praça


Os interessados em participar das diversas atividades da Bienal Rubem Braga podem se inscrever na tenda montada na Praça Jerônimo Monteiro, em Cachoeiro de Itapemirim. A pessoa precisará ter em mãos o Cadastro de Pessoa Física (CPF). O estande funcionará em horário comercial, das 8h00 às 18h00, até o dia do evento, que acontecerá entre os dias 05 e 08 de junho. De acordo com o curador da Bienal Rubem Braga 2008, jornalista José Carlos Dias, espera-se no evento uma circulação diária de cinco mil pessoas. “A iniciativa de instalar essa tenda na Praça Jerônimo Monteiro originou-se do interesse de popularizar o acesso às inscrições. A Bienal está com uma programação rica e atrativa, que atingirá, positivamente, todos os gostos”, garantiu. Além disso, José Carlos Dias informou que já as escolas do município e região já iniciaram as inscrições de seus alunos e professores. “Por conta disso, é importante que as pessoas assegurem suas presenças nas oficinas, palestras, conferências de suas preferências. Queremos que todos os segmentos participem”. As inscrições também podem ser feitas pelo e-mail da Bienal, enviando o nome, endereço e os números do CPF e Registro Geral (RG) para bienalrubembraga@gmail.com. A Bienal Rubem Braga – evento nacional – oferecerá atrações durante todos os dias. Haverá, inclusive, área de alimentação (que recebe o nome de Bistrô) com a presença da lanchonete Bob’s e de um restaurante, a confirmar. Os participantes poderão se deleitar com apresentação de teatro, música, mostra de cinema e literatura, oficinas, conferência ambiental, espaço feira do livro e palestras e mesas redondas com pessoas renomadas no mundo das letras.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Bienal terá Miéle como um dos palestrantes

O produtor musical e apresentador Luiz Carlos Miéle será uma das atrações da Bienal Rubem Braga 2008 na segunda noite do evento. As palestras e mesas redondas começam na quinta-feira (05/06) com Carlos Heitor Cony que irá abordar o tema “Rubem Braga e a crônica moderna”, com a presença do escritor Zuenir Ventura. Na sexta-feira, de 09h às 12h, será a vez de Zuenir destacar “A crônica como gênero literário brasileiro, com mediação de Francisco Aurélio Ribeiro”. Ainda na sexta-feira, das 14 às 16h30, acontece o encontro dos personagens da biografia “Rubem Braga, um fazendeiro do ar” com Danuza Leão, Tati Bueno e João Henrique Cúrcio, com mediação da escritora cearense Karla Dubiela, autora da obra “A traição das elegantes pelos pobres homens ricos – uma leitura da crítica social em Rubem Braga”. No encerramento das atividades da noite, às 20h, Luiz Carlos Miéle faz palestra sobre a história da música brasileira numa homenagem aos 50 anos da bossa nova.

Sobre Luiz Carlos Miéle: Com mais de 50 anos de carreira, o paulista Luiz Carlos Miéle já foi cantor, ator, locutor, produtor, humorista, diretor, entrevistador e até iluminador.Ele começou na antiga rádio Excelsior de São Paulo com apenas 11 anos de idade. No início da década de 60 veio para o Rio, trabalhar na TV Continental.
No Rio, passou a freqüentar a turma da Bossa Nova e conheceu Ronaldo Bôscoli, o seu grande parceiro e amigo de sempre. Juntos, Miéle e Bôscoli produziram centenas de shows e a assinatura da dupla era uma garantia de sucesso. Até a morte de Ronaldo Bôscoli, eles eram os responsáveis por todos os shows de Roberto Carlos.Mas o sucesso como diretor e produtor jamais o afastou dos palcos e da condição de um versátil showman, caracterizado sempre por muito humor e a elegância de seus smokings, a sua marca registrada.


domingo, 25 de maio de 2008

'1968 foi muito longe, às vezes até demais'

Bem-vindo a 1968! Desde que teve início este maio em que se completam os 40 anos das manifestações estudantis em Paris, o ano que mudou tudo está sendo lembrado e discutido tanto no âmbito internacional quanto no Brasil. Referência no assunto desde o lançamento de "1968 - O Ano que Não Terminou", em 1988, o escritor e jornalista Zuenir Ventura resolveu, para esta efeméride, entrar novamente na máquina do tempo, só que desta vez para destrinchar as continuidades e as rupturas deste ano tão emblemático.
No livro "1968 - O Que Fizemos de Nós", personagens nacionais de destaque da geração meia-oito expõem suas visões sobre o período e como o pensamento da época se desdobrou nas gerações seguintes. Estão lá o cantor e compositor Caetano Veloso, a historiadora Heloísa Buarque de Hollanda, o economista César Benjamim, o deputado Fernando Gabeira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ministro Franklin Martins e o ex-ministro José Dirceu.
O novo livro está sendo lançado numa caixa, com uma edição revista do primeiro. No próximo dia 6, Zuenir lançará a obra em Cachoeiro de Itapemirim, durante a Bienal Rubem Braga (www.bienalrubembraga.com.br). Otimista, o autor acredita que "olhar para o retrovisor" é importante na hora de seguir em frente, como mostra na entrevista a seguir.

· Qual a razão do fascínio que o ano de 1968 exerce até hoje, 40 anos depois?
Esse é um dos grandes mistérios, essa longevidade que faz com que 1968 ainda desperte tanto interesse e atenção. É impressionante como um ano consegue condensar tanto carisma e atração. Claro que há hipóteses, muitas coisas aconteceram neste ano, no plano da política, da tecnologia, do comportamento. Ele é a síntese de uma década em que o homem foi à Lua, do surgimento da pílula anticoncepcional... esses avanços fazem dele um ano tão carregado de simbologia.

·Você diz que espera que daqui a 20 anos 1968 esteja superado. O que você quer dizer com isso?
Por mais importante que 1968 seja, a vida continua. O mundo e o Brasil não podem ficar presos a um passado, é preciso ir em frente. Mas não adianta simplesmente cancelar 1968, negar a sua importância, pois não é dessa maneira que se supera uma data. Se eu fosse atender a todos os pedidos de palestras sobre 1968 teria que me desdobrar. É importante toda essa discussão, é a partir dela que podemos avançar. É importante olhar para ele para compreendê-lo. Só assim ele vai esgotar seu potencial de lições para o futuro.

·Esse desejo de se querer recriar o 1968, seria uma forma conservadora de avaliar o que foi o ano para a história da humanidade?
É mais, é uma forma perigosa, pois não se pode imaginar que é possível repetir o passado. O passado tem que ser analisado para seus erros não se repetirem. É como em um carro, você usa o retrovisor para seguir em frente. Por mais fascinante que seja o que passou, é necessário seguir em frente. Existe uma tendência de se idealizar o passado. É preciso tomar muito cuidado para não querer mimetizar 68. No livro, o Caetano (Veloso) diz que, para ser parecido, teria que ser muito diferente. Eu procuro não ter uma visão nostálgica, mas crítica. Não quis omitir nenhum problema que 68 encerra.

·Qual é a diferença de 1968 no Brasil e no resto do mundo? E as similaridades?
No Brasil, o 1968 teve uma motivação política, por causa do regime militar. Todas as manifestações eram contra a ditadura. Na França, o movimento foi de libertação sexual, começou na Universidade de Nanterre, com os estudantes reivindicando um dormitório misto, e no Brasil a motivação foi a morte de um estudante (Edson Luís de Lima Souto, em 28 de março, no Rio). A cada dez anos há um 68 relembrado, mas sempre com um conteúdo político. O curioso é que a maior herança de 68 é a revolução dos costumes. Isso de maneira geral, sobretudo no Brasil.

·Dos desdobramentos positivos de 68, você destaca alguns como o maior respeito às preferências sexuais e aos direitos da mulher, e o fortalecimento dos movimentos negro e gay. Poderíamos ter chegado mais longe do que estamos hoje?
É muito difícil trabalhar com hipóteses, 68 foi muito longe, às vezes até demais. Talvez a razão de sua permanência tenha sido por antecipar muita coisa de hoje. É claro que alguns avanços tiveram de ser interrompidos, por exemplo, houve uma contra-revolução sexual que foi a Aids. Mas de maneira geral avançou-se muito. É difícil prever ser poderia ter avançado mais. Hoje há até uma espécie de pisada no freio, no plano de comportamento, os filhos ficam mais tempo na casa dos pais. Os tempos são outros, as preocupações dos jovens são outras, como o desemprego e o futuro incerto.

·É o que define a geração atual?
A própria reação a essas preocupações também a definem. É uma geração que pensa mais no presente até porque o futuro não dá perspectivas seguras. Não quero dizer que a juventude atual seja pior ou melhor que a de qualquer outra geração.

·Fala-se muito nas mudanças comportamentais a partir de então. Até que ponto as liberdades conseguidas não foram confundidas com permissividade, seja, por exemplo, nas relações entre pais e filhos ou no próprio convívio social?
Uma das acusações mais comuns é essa, a de que 1968 seria o culpado pelo desregramento que ocorreu depois. É como querer dizer que todos os problemas de um adulto surgiram na infância. Só que na verdade o problema é do que se fez desse legado. É um viés que não é correto. É uma herança mais plural, não pode ser resumida a esse maniqueísmo.

·Você cita as drogas como o legado maldito daquela época. Mas você fala isso por conta dos efeitos do seu uso ou por conta da guerra que se tornou o seu comércio?
Nos anos 60, havia uma coisa experimental, de expansão da consciência. Hoje ela foi apropriada pelo narcotráfico. E há também o fato de não se saber lidar com elas. Poucos países enfrentam a questão de uma maneira mais social do que policial. As pessoas tratam o seu consumo como um caso de polícia, e é um caso de saúde pública. Não há, a longo prazo, uma solução para essa questão.

·Como foi a sua experiência numa rave?
Nessa tentativa de fazer paralelo da juventude atual com a geração de 68 cheguei a ir a uma rave. Há claramente um vestígio de 68 nessa manifestação musical. Aquele visual psicodélico, de paz e amor, a busca da vertigem, tudo isso continua lá. Mas hoje não existe mais uma ilusão, é simplesmente uma fuga, um divertimento. Um prazer que leva a dependência. A maneira de vivenciar as drogas é diferente. A não ser que se seja ignorante aos efeitos. Não falo no uso recreativo, falo no uso de dependência. É preciso discutir isso sem hipocrisia e encontrar caminhos que não sejam só o da repressão.

·Outra herança negativa que você expõe é a "violência edificante". Essa idéia levou boa parte das organizações contrárias à ditadura para a luta armada, cujas ações eram seqüestros, assaltos a bancos e atentados. A idéia de que os grupos criminosos do Rio, por exemplo, seriam filhos desses tipos de ações é verdadeira?
Acreditava-se na violência legítima, e sabe-se hoje que a violência nem nesses casos é legítima. Na verdade não foi isso o que ocorreu. No encontro dos presos políticos com os presos comuns, na década de 70, o que os primeiros fizeram foi orientar as reivindicações, nas formas de mobilização. É um erro atribuir aos militantes daquela época mais esse pecado.

·Você viveu o 1968 no Rio, a capital mais efervescente do país. Você acha que o Brasil inteiro na época tinha noção do que estava acontecendo?
No Brasil, foi um movimento de classe média e não operário. Acredito que não foi só nos principais centros urbanos que a população sentiu que algo acontecia. Estive em Belém agora para um debate e fiquei impressionado, o movimento chegou lá e foi forte.

·Ziraldo e Jaguar são dois nomes marcantes da geração de 68. Como você vê toda essa polêmica em torno das indenizações de R$ 1 milhão que eles aceitaram receber?
Eu acho que a lei de anistia e um instrumento legítimo e universal de reparação. Todo país civilizado que passou por um regime ditatorial tem uma lei dessa. Houve muita distorção nesse processo de concessão de anistia. Mas dizer que é uma bolsa-ditadura também é uma distorção. Em 1995, o sindicato dos jornalistas aqui no Rio de Janeiro entrou para corrigir aposentadorias defasadas. Logo em seguida, a gente viu que tinha gente que nunca tinha pisado numa redação que estava no bolo para receber esse dinheiro. A primeira coisa que fiz foi retirar meu nome daquela lista e escrevi um artigo no Jornal do Brasil justificando as minhas razões. O superintendente tentou me convencer, dizendo que eu estava abrindo mão de um direito. Agora, com esse caso do Ziraldo e do Jaguar, alguém me disse para eu confirmar se meu nome tinha sido retirado da lista. Liguei para um advogado e descobri que, apesar de ter entregado os documentos para retirar meu nome, ele ainda estava lá. Com essa história eu descobri que é mais fácil você receber essa indenização do que recusá-la. Não se pode julgar a lei de anistia pelas distorções.

·Você parece ser um otimista em relação ao futuro. Em que você baseia esse otimismo?
Sou sim, mas como mineiro, eu tenho muita cautela. A gente está sempre olhando com desconfiança. Apostar no futuro é sempre problemático. Só que acredito que o pessimismo leva a uma acomodação, por isso sou otimista, pela capacidade de ação.

Texto:
Carol Rodrigues
Publicada no Jornal A Gazeta no dia 25 de maio de 2008.

Trecho do livro "1968 - O Que Fizemos de Nós"

Leia o trecho do livro que será lançado por Zuenir Ventura na Bienal Rubem Braga:

A geração de 68, que dizia não confiar em ninguém com mais de 30 anos, está completando 40. Ainda dá para confiar nela? 1968 terminou ou não terminou? Que balanço se pode fazer hoje de um ano tão carregado de ambições e de sonhos? O que restou de tantos ideais? Muitos países que viveram a experiência estão tentando avaliar o seu legado, realizando o julgamento histórico de uma insurreição de jovens que pela primeira vez teve dimensão planetária, ou globalizada, como diríamos hoje. O que foi feito dessa herança?, pergunta-se aqui e em outras partes.
(...) Como eu ia dizendo... ou melhor, como eu disse há vinte anos na introdução de “1968 - O Ano que não Terminou”, a história que eu ia contar começava em um baile de réveillon antecipando simbolicamente aquele carismático ano bissexto que ainda se recusa a sair de cena. A festa foi o capítulo inicial, uma espécie de trailer do que viria em seguida: uma mudança radical ou, como querem muitos, uma “revolução”, talvez a única ocorrida naquele período que, politicamente, se pretendia tão revolucionário - a dos costumes.
Maria Clara Mariani, Marília Carneiro e Maria Lúcia Dahl são aquelas mesmas personagens marcantes do réveillon, do livro e do ano. Elas pertenciam a uma geração de jovens entre 20 e 30 anos que decidiu inaugurar um estilo de vida e experimentar formas alternativas de relacionamento que não reeditassem os compromissos matrimoniais impostos pelas convenções. Nada da hipocrisia dos velhos relacionamentos, nenhuma forma de dominação afetiva, não aos amores servis, fora com as imposições “burguesas” tais como ciúme, fidelidade, monogamia, virginidade. Eram tempos de utopia.
Quarenta anos depois, elas estão em torno dos 65 e são avós. Maria Clara não se casou de novo e tem sete netos; Maria Lúcia, atriz e cronista, voltou a se casar e a se separar, e tem dois netos; Marília é figurinista da TV Globo, teve dois casamentos e três netas. A ligação com a chamada “geração do milênio” permite às três acompanhar de perto as mudanças do tempo, sobre as quais aceitam estabelecer comparações, mas sem a pretensão de dar a última palavra.Elas acham que 1968 terminou, mas continuam falando com carinho dele. Maria Lúcia ainda se diz “apaixonada”, por ter sido o ano em que se decretou um “vamos parar de mentir”, “vamos parar de fingir ser uma coisa quando somos outra”. Segundo ela, “acabou aquela coisa de família com outra família escondida, de garçonnière para levar a amante, fingindo estar às mil maravilhas com a mulher”. Maria Clara não tem certeza se isso acabou mesmo. Considera que o grande avanço se deu no terreno da liberdade pessoal, que pode ser exercida diante de uma grande variedade de opções. Dá o exemplo de uma amiga que tem três netas: uma é ambientalista radical e mora na Austrália; outra freqüenta raves; uma terceira faz faculdade de Relações Internacionais.Já Marília prefere enfatizar o que é agora uma banalidade: poder se divertir. Divertir-se era, por exemplo, viajar, coisa que a profisssão hoje lhe facilita. Naquela época, sentia inveja dos homens que viajavam. “Meus maridos sumiam no mato; agora posso sumir no mato. Quer coisa melhor?”Maria Clara acha que a questão não era apenas poder se divertir, e sim não ter a vida pautada pelos outros. As meninas do século XXI, que podem passar as noites num botequim, acompanhadas ou sozinhas, não desconfiam de que houve uma época não muito distante em que uma mulher não podia freqüentar um bar sozinha.

sábado, 24 de maio de 2008

Resultado do concurso "Sabiá da Crônica"

A Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, por meio da Curadoria da Bienal Rubem Braga 2008, apresenta o resultado do Concurso Sabiá da Crônica que recebeu 99 trabalhos literários de 14 cidades do Espírito Santo.Os textos, em estilo crônica, são inéditos e cada autor participou com uma crônica e com uma inscrição. O concurso cultural "Sabiá da Crônica" teve como tema "Meio Ambiente" e a finalidade foi estimular a produção literária no gênero e ao mesmo incentivar a cultura. Os vencedores receberão o prêmio "Sabiá da Crônica", um sabiá-laranjeira estilizado, confeccionado pela Fábrica de Pios Maurílio Coelho, e terão seus trabalhos apresentados durante a realização da Bienal Rubem Braga, na Ilha da Luz. O autor da melhor crônica receberá como prêmio um troféu e uma passagem para Fernando de Noronha com direito a levar um acompanhante. A viagem é uma oferta da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. A comissão julgadora analisou os trabalhos e definiu os vencedores do concurso:

1° Lugar

Pseudônimo - Tainha

Título - De quintais e borboletas

Nome - Maria do Carmos Conopca

Cidade - Vitória


2° Lugar

Pseudônimo - José Valeriano Filho

Título - Na idade da pedra cortada

Nome - Gilson Soares

Cidade - Cariacica


3° Lugar

Pseudônimo - Homem Pássaro

Título - O sábio sabiá e o meio ambiente

Nome - José Carlos Gualberto da Conceição

Cidade - Cachoeiro de Itapemirim

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Concuso estudantil de crônica

A Curadoria da Bienal Rubem Braga 2008 apresenta o resultado do Concurso Estudantil de Crônicas destinado à estudantes matriculados, do 6º ao 9º ano/5ª à 8ª série e do ensino médio das esferas pública (municipal e estadual) e particular.O tema proposto pela coordenação da Bienal foi o Meio Ambiente e os vencedores receberão o prêmio "Sabiá da Crônica", um sabiá-laranjeira estilizado, confeccionado pela Fábrica de Pios Maurílio Coelho, e terão seus trabalhos apresentados durante a realização da Bienal Rubem Braga, na Ilha da Luz.Os vencedores:

Escola Pública Municipal
Pseudônimo: Gaia
Título : Ao meu avô
Nome: Bruno de Lima Santos
Série; 8ª
Escola: EMEB Anísio Vieira de Almeida Ramos

Escola Pública Estadual
Pseudônimo: Dedé de Sá
Título: Contato de Afeto
Nome: Débora Sampaio de Almeida
Série: 2º ano
Escola: CEI – Centro Estadual Àtila de Almeida Miranda

Escola Particular
Pseudônimo: Laura Abelha
Título: Geração do Descaso
Nome: Maria Clara Cardoso Gomes Zampirolli
Série: 3º ano
Escola: Centro de Ensino Cachoeirense Darwin

Escola Pública de outro Município
Pseudônimo: Cronista Caipira
Título: Para que servem as idéias de um gênio?
Nome: Halaf Spano de Castro
Cidade: São José das Torres – Mimoso do Sul
Série: 1º ano do Ensino Médio

domingo, 18 de maio de 2008

Rubem é referência para grandes escritores

A escritora imortal Ana Maria Machado conheceu o escritor Rubem Braga ainda adolescente. Na época, ele já era seu ídolo e, a partir deste encontro, nasceu uma amizade que influenciaria a carreira da escritora de vez.
Durante um evento literário no Rio de Janeiro em 2003, Ana citou episódios curiosos de sua convivência com Rubem Braga, como a paixão do escritor por pitangas. "Certa vez, trouxe para ele umas pitangas que colhi no sítio dos meus avós no Espírito Santo. Bom, ele plantou as sementes em casa e foi este o começo dos famosos 'Jardins Suspensos' que Rubem cultivava dentro de seu apartamento", disse a escritora.
Logo nos primeiros tempos de convivência, era comum Rubem esperá-la na saída do colégio para conversar sobre literatura e pintura. "Numa das vezes, ele me trouxe uma rosa amarela. Guardei-a dentro de um livro, afinal, a primeira rosa amarela a gente nunca esquece", afirmou.
A escritora classificou a sua relação com Rubem como uma convivência de uma "menina tímida, que gostava de escrever, com seu ídolo".
Segundo Ana, Rubem criou um gênero na literatura ao escrever de um jeito coloquial, sem abrir mão da tradição literária. A lembrança do relacionamento dos escritores na época de Rubem Braga também foi lembrada por Ana. "Havia uma troca generosa e construtiva entre os escritores. Eles conheciam as obras uns dos outros diretamente e não por meio da imprensa, como acontece hoje", disse.Ana Maria Machado finalizou seu bate-papo lendo dois textos de Rubem Braga, "Mar" e "Rita".
Ana Maria Machado, junto com grandes nomes da literatura como Carlos Heitor Cony, Ignácio de Loyola Brandão e Zuenir Ventura estarão, entre 5 e 8 de junho, em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, cidade onde Braga nasceu, na Bienal Rubem Braga 2008.

sábado, 17 de maio de 2008

Mais de 20 livros serão lançados na Bienal

A Bienal Rubem Braga 2008, que acontece de 05 a 08 de junho, na Ilha da Luz, fará o lançamento de vinte e quatro obras literárias com destaque para o livro “1968 - O que fizemos de nós” do jornalista e escritor Zuenir Ventura, um dos convidados da coordenação do evento para participar das mesas redondas e palestras nos três dias do evento.
Outros títulos também merecem destaque como “A MPB, de conversa em conversa”, do jornalista e editor do Caderno 2 de A Gazeta, José Roberto Santos Neves; “Intercâmbio”, da carioca Flavia Mariano e “Caçador de ventos e melancolias: um estudo da lírica nas crônicas de Rubem Braga”, do escritor baiano Carlos Ribeiro, entre outros.

Durante a Conferência Ambiental Rubem Braga, acontece o lançamento do livro “Diário de bordo da I expedição científica do Rio Itapemirim”, do jornalista e curador da Bienal, José Carlos Dias, que reúne a experiência e estudos de ambientalistas e jornalistas sobre a bacia do Itapemirim desde a sua nascente na Serra do Caparaó até o desaguar no oceano Atlântico.

Essa Feira do Livro vai reunir aqui em Cachoeiro editores e livrarias oferecendo ao público um contato direto com o mercado editoral, segundo a coordenação do evento.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Cronista de BH divulga Bienal

O jornalista e cronista Danilo Gomes, que assina uma coluna no jornal HOJE EM DIA, de Belo Horizonte, destacou a Bienal Rubem Braga no último dia 04/05 com um belo texto sobre o evento e, claro, o seu homenageado.
Na crônica, Danilo passeia pelo lirismo à exemplo do mestre Braga.
Escreveu o colunista: "Vou engraxar as botinas e escovar o chapéu de cerimônia, além de mandar para a lavanderia a fatiota domingueira, mas sem gravata, para ficar mais à vontade. Vou correr mundo, senhores, vou bater pernas como fazia outrora o capixaba Quinca Cigano. Quero ir de trem-de-ferro, descer na estação e pegar cavalo de boa andadura, para vencer algumas léguas até o destino final da andança.
Mas, afinal, para onde vai o velho escriba marianense? Pois já lhes digo, irmãos caríssimos. O velho cronicador pretende arranchar na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no nobre Estado do Espírito Santo, para participar da Bienal Rubem Braga. Será uma bela homenagem ao grande e saudoso cronista, nascido em 1913 e falecido no Rio, em 1990, autor de tantos livros, todos do mais fino lavor, como diria um antigo poeta parnasiano, devoto de Olavo Bilac.
Na verdade, trata-se da II Bienal Rubem Braga. Será realizada de 5 a 8 de junho, na cidade onde ele nasceu e começou a escrever crônicas("Correio do Sul", jornal da família).
O tema será "A crônica e o meio ambiente" e os debatedores serão Ignácio de Loyola Brandão, Carlos Heitor Cony, Danuza Leão, Ana Maria Machado, Zuenir Ventura, Antonio Carlos Secchin, Paulo Cuenca e outros. Caladão, "urso cavernícola" (título que dava a si mesmo o escritor mineiro Eduardo Frieiro), discreto, arredio (embora mulherengo), Rubem Braga talvez não apreciasse a luz dos holofotes e das gambiarras (como certos políticos). Mas que merece a homegem, merece, por ter sido um extraordinário escritor, o viajante erudito, o poeta da narrativa curta (crônica e conto), o estilista do coloquial, o mestre do lirismo, da melancoliae do bom humor. Além disso, o enamorado de Tônia Carrero, como ela própria me confirmou, aqui em Brasília, no Palácio do Planalto, numa cerimônia pública, há coisa de dez anos.
Vale lembrar, aqui, a magnífica obra recém-publicada, "Rubem Braga - Um Cigano Fazendeiro do Ar", de autoria do falecido Marco Antonio de Carvalho, da Editora Globo, 2007. Em 610 páginas, parece-me a biografia definitiva do nosso extraordinário cronista, que um dia entrevistei aqui mesmo, Em Brasília, em 1986.
Crônica, gênero menor? Menor coisa nenhuma! Antes uma boa crônica que um mau romance, ora, bolas, ora, pílulas! Importa a qualidade.
Em tempo: Quinca Cigano era um tio esquisitão de Rubem Braga. Não parava quieto em lugar nenhum. Rueiro e viajeiro. Aparecia e sumia, que nem um cometa, um caixeiro-viajante. Rubem Braga lhe dedicou uma crônica imortal. Imortal e antológica, como todas as crônicas que escreveu, como bem sabe a cronista Leida Reis.
Já vou reservar uma pousada, um rancho, uma pensão familiar (afinal sou um vovô) à beira do Rio Itapemirim. Com passarim trinando.... Com a graça de Deus Nosso Senhor, essa eu não perco, nem que a vaca tussa, nem que chova canivete. Sou capaz até de comprar chapéu novo, na Casa Cabana, em frente ao Mercado Central de Belo Horizonte, j'ouviu, cronista Regina Mota?", conclui Danilo.

"Aprendendo a viver"

No dia 17 de maio, às 11h00, tem apresentação teatral, no Coreto da Praça Alberto do Carmo, centro de Vargem Alta. A peça “Aprendendo a viver”, é a oficial da Bienal Rubem Braga 2008. Ela fala sobre a infância do escritor. Tal apresentação é realizada em municípios vizinhos de Cachoeiro de Itapemirim, visando propagar a história do escritor e enriquecer a cultura de outros municípios, além de divulgar a programação da Bienal Rubem Braga 2008.

sábado, 29 de março de 2008

Prefeito convida Nelson Motta

O jornalista, escritor, compositor e produtor musical Nelson Motta em palestra realizada na noite da última quarta-feira (26/03), no Teatro Rubem Braga, em Cachoeiro de Itapemirim, foi convidado pessoalmente pelo prefeito municipal Roberto Valadão para a Bienal Rubem Braga “Crônica e Meio Ambiente”. Valadão entregou ao palestrante o folder contento a programação e as informações sobre o evento, que acontece de 05 a 08 de junho na cidade.
O público formado por fãs, estudantes, jornalistas e artistas e que foi ouvir sobre a história da música brasileira também foi convidado para a Bienal. Com Nelson Motta, a TIM encerrou o terceiro ano do projeto que trouxe em outubro de 2007 o jornalista Sérgio Cabral ao Espírito Santo. Além das palestras nas três cidades, o TIM Grandes Escritores doou livros para as bibliotecas públicas municipal com obras indicadas pelos escritores, títulos de sua autoria como o último livro de cada um deles – “Vale Tudo: Tim Maia”, de Nelson Motta, e “Grande Otelo: Uma Biografia”, de Sérgio Cabral – e edições variadas de songbooks, produzidas pelo violonista Almir Chediak, de grandes nomes da MPB.

Lançamento em grande estilo

A Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, em parceria com o Governo do Estado do Espírito Santo, realizou na última terça-feira (25/03) o lançamento nacional da Bienal Rubem Braga 2008, cujo tema é A Crônica e Meio Ambiente. A solenidade, que foi abrilhantada pela presença do escritor Zuenir Ventura, aconteceu na Casa de Rui Barbosa, no bairro Botafogo, no Rio de Janeiro.
Durante a apresentação da programação para o público presente, o curador da Bienal Rubem Braga, José Carlos Dias, disse que todos os integrantes da equipe têm a pretensão de divulgar o evento em âmbito nacional, e nada melhor do que a capital cultural do Brasil para fazer isso. “Essa é uma obra de criação coletiva e por isso estamos ouvindo e aceitando sugestões de toda a sociedade”, frisou.
José Carlos também revelou que várias ações estão sendo desenvolvidas, em parceria com as secretarias municipal e estadual de educação e de cultura, e que estão dando frutos, prova disso é a premiação do concurso estadual “Sabiá da Crônica”, que além de do troféu o vencedor receberá uma viagem com acompanhante para Fernando de Noronha.
A Subsecretária de estado de Cultura do Espírito Santo, Anna Saiter, reforçou o convite do curador e disse que será muito importante a presença de todos os presentes em Cachoeiro de Itapemirim de 05 a 08 de junho, data em que será realizado o evento principal da Bienal.
O secretário municipal de Cultura, Esportes e Lazer de Cachoeiro de Itapemirim, Willian Lima, que representou o prefeito Roberto Valadão na solenidade, exaltou o município enfatizando que a cidade é berço de inúmeros artistas e intelectuais reconhecidos nacional e internacionalmente.
Para o engenheiro, diretor financeiro de Furnas Centrais Elétricas e Cachoeirense Ausente nº 1 em 2006, Henrique Mello de Morais, é muito importante essa iniciativa de extrapolar a cidade sede. Rubem Braga fez isso por onde ele passou, principalmente no Rio de Janeiro. “É um autor que vai sempre despertar muito interesse nacional”, concluiu.

Zuenir encontra Braga

Além do curador, acompanhado das comitivas de Cachoeiro de Itapemirim e de Vitória, também estavam presentes, no auditório, onde ocorreu a apresentação, a advogada Moema Baptista, o artista plástico Augusto Herkenhoff, o jornalista Bruno Torres Paraíso, dentre outros.
Mas o destaque foi para o escritor e jornalista Zuenir Ventura. Após sua chegada, imediatamente o cerimonial o convidou para participar da mesa, onde, ao lado de José Carlos Dias, Willian Lima, Anna Saiter e Henrique Mello de Morais, elogiou a iniciativa e disse que em junho estará na abertura da Bienal Rubem Braga.
O escritor interrompeu uma entrevista, que estava concedendo ao renomado jornalista Roberto D’Ávila, dizendo que tinha um encontro importante. Um encontro com Rubem Braga. E foi prestigiar o lançamento nacional da Bienal.
“O velho Braga iria gostar muito. Aquela pessoa mal humorada e ao mesmo tempo divertida. Essa é uma ótima iniciativa para seduzir um jovem para leitura, porque Rubem é uma unanimidade”, comentou.
Para Zuenir, a idéia da bienal é ótima e a empolgação da comitiva contagiou o escritor que disse se a língua portuguesa tivesse a influência da língua inglesa, com certeza Rubem Braga seria um dos maiores escritores universais.
“Ele conseguia transformar uma queixa de seu vizinho em uma coisa interessantíssima. Estou muito honrado em participar do lançamento da Bienal no Rio e também do evento principal em junho”, concluiu.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Comitiva embarca para o lançamento da Bienal no Rio

Uma comitiva sairá amanhã, às 8h, 25 de março, de Cachoeiro de Itapemirim com destino ao Rio de Janeiro para acompanhar o lançamento nacional da Bienal Rubem Braga 2008 na Fundação Casa Rui Barbosa, na Rua São Clemente, no Botafogo, de 17h às 19h.
Além de professores, atores, jornalistas e formadores de opinião que estarão embarcando, o evento contará também com as presenças de membros da Academia Brasileira de Letras, escritores, intelectuais, artistas, da imprensa carioca.
Durante o evento haverá a apresentação da peça “Aprendendo a Viver” do Grupo Sabiá (especialmente criado em homenagem a Rubem Braga apelidado de ‘O Sabiá da Crônica’).
Escrito por Lucimar Costa, o texto foi elaborado através de um estudo das crônicas de Rubem Braga, o único escritor a conquistar um lugar definitivo na literatura exclusivamente como cronista, abordando sempre assuntos do dia-a-dia, falando de si mesmo, de sua infância, primeiros amores, a vida simples, com predileção especial pelas coisas da natureza, tomando freqüentemente como tema o meio ambiente.
A direção é de Andrea Buenes, que voltou ao estado após se formar em licenciatura em Artes Cênicas e pós-graduação em Dança Contemporânea no estado de Minas Gerais. Além dela dois atores do Grupo ELA, Amanda Malta e Ruy Netto, além do ator convidado Breno Jadvas, do Rio de Janeiro, estarão encenando a peça.
O curador da Bienal Rubem Braga, José Carlos Dias, embarcou na última sexta-feira para o Rio de Janeiro, para divulgar na capital carioca o lançamento. Segundo ele, estão sendo convidados vários formadores de opinião nacional para o evento, e além da comitiva de Cachoeiro, membros da Secretaria Estadual de Cultura (Secult) sairão de Vitória para participar do lançamento na “Cidade Maravilhosa”.
“O lançamento da Bienal Rubem Braga foi programado para o local onde existe um acervo significativo doado pela família do cronista, composto de manuscritos e crônicas datilografadas”, adianta o jornalista.“O prefeito Roberto Valadão, acompanhado de uma comitiva, já garantiu presença na solenidade de lançamento da Bienal, o que vai engrandecer ainda mais o evento que visa divulgar a Bienal para todo o país”, confirma José Carlos Dias.

A Bienal
Apresentando a temática “Crônica e Meio Ambiente”, a Bienal Rubem Braga tem o propósito de firmar-se como um dos mais importantes eventos literários e culturais do país, divulgando seu propósito para o maior público possível em todo o território nacional.
Com o objetivo de atingir todos os segmentos da sociedade, em particular as crianças, os adolescentes e os jovens, através das instituições de ensino públicos e privados, o evento reserva aos participantes uma extensa programação cultural, colocando frente-a-frente com o público grandes nomes da literatura, música, arte, teatro e dança.
Enquanto a programação principal acontece no Pavilhão de Eventos da Ilha da Luz, outros eventos ocorrem simultaneamente no Cine Clube “Jece Valadão” e no Teatro Municipal “Rubem Braga”.
A Bienal já recebeu alguns dos grandes nomes da cultura nacional como Affonso Romano de Sant'Anna, Tônia Carrero, Viviane Mosé, Ferreira Gullar, Antônio Nóbrega, Elisa Lucinda, Marco Antônio de Carvalho, Isabel Lustosa, Domício Proença Filho, Antônio Carlos Secchin, Ivan Junqueira, Roberto Da Matta, Beatriz Resende, Adriano Espínola, entre outros.
O evento, que será realizado em sua 2ª edição de 05 a 08 de junho, traz este ano o tema “Crônica e Meio Ambiente”, demonstrando de forma clara a preocupação com a degradação ambiental e buscando, através do viés literário da crônica, discutir de maneira lúdica, rica e interessante novos caminhos para o assunto.
Rubem Braga foi considerado o primeiro descritor do meio ambiente local. Ele foi o primeiro a chamar atenção para o problema da água, da fauna e, sobretudo, da cobertura vegetal na região.

domingo, 23 de março de 2008

Bienal promove Salão Estudantil de Humor

Estão abertas as inscrições para o III Salão Estudantil de Humor que será realizado nos dias 5 a 8 de junho, durante a realização da Bienal Rubem Braga no Pavilhão de Eventos da “Ilha da Luz”. O concurso de desenhos é dirigido aos estudantes a partir de 10 anos de idade das escolas públicas, particulares, faculdades de Cachoeiro de Itapemirim e cidades do Sul do Estado. Serão distribuídos mil reais em prêmios para os desenhos selecionados em primeiro lugar, R$ 500,00, R$ 300,00 para o segundo lugar e R$ 200,00 para o terceiro lugar, além de medalhas para as indicações “Mensão Honrosa” em homenagem ao saudoso multimídia “Dedé Caiano”. As inscrições poderão ser feitas na “Casa dos Braga” até dia 23 de maio em horário comercial de segunda a sexta feira.

Tema
O “Meio Ambiente” é o tema a ser abordado, e como sugestão o estudante pode escolher assuntos como, aquecimento global, devastação da natureza, poluição e escassez da água e entre outros, sendo permitida a inscrição de até três trabalhos por aluno. Com o objetivo de estimular e divulgar o conhecimento e a prática das artes gráficas, o humor construtivo e o desenvolvimento crítico e intelectual e seus talentos anônimos, desde a realização do primeiro salão, seu idealizador, o cartunista Ricardo Ferraz, priorizou o meio ambiente como tema central,
“Uma forma de utilizar a arte do desenho e a educação como instrumentos de reflexão nas ações de cidadania e na construção de uma sociedade mais responsável pela qualidade de vida e o futuro do Planeta Terra”, disse.
Os interessados poderão solicitar o regulamento e obter mais informações através do coordenador do salão, Ricardo Ferraz, e-mail ricardoferraz33@gmail.com ou pelo telefone 3522-4614 e 3155-5272-Casa dos Braga, localizada a Rua 25 de Março Nº 106 ao lado da Casa do Estudante.


sexta-feira, 21 de março de 2008

quarta-feira, 19 de março de 2008

Lançamento nacional

O lançamento nacional da Bienal Rubem Braga 2008 acontecerá no próximo dia 25 de março, no Rio de Janeiro.Segundo o curador da Bienal, o jornalista José Carlos Dias, o evento será realizado na Fundação Casa Rui Barbosa, na Rua São Clemente, no Botafogo, de 17h às 19h, com as presenças de membros da Academia Brasileira de Letras, escritores, intelectuais, artistas, da imprensa carioca e convidados. “O lançamento da Bienal Rubem Braga foi programado para o local onde existe um acervo significativo doado pela família do cronista, composto de manuscritos e crônicas datilografadas”, adianta o jornalista.“O prefeito Roberto Valadão (f0t0), acompanhado de uma comitiva, já garantiu presença na solenidade de lançamento da Bienal, o que vai engrandecer ainda mais o evento que visa divulgar a Bienal para todo o país”, confirma José Carlos Dias.


Sarau Pré-Bienal
Com objetivo de incentivar o hábito da leitura e proporcionar um intercâmbio cultural entre os participantes, expondo variadas expressões artísticas, foi aberta no dia 15 a temporada 2008 de saraus na Praça da Poesia, na Casa dos Braga (biblioteca municipal). O evento, que é alusivo à Bienal Rubem Braga, teve início às 18h00. Neste projeto serão apresentados, por apreciadores da literatura, textos de Rubem Braga.Na oportunidade, houve ainda recital de poesia, exposição de artes plásticas, exibição de curtas metragens, além de apresentações musicais e teatrais. A promoção foi da Secretaria Municipal de Arte e Cultura, através do Cineclube Jece Valadão. A proposta dos organizadores é de realizar saraus pelo menos duas vezes por mês, segundo a gerente da biblioteca municipal, Neuza Maria dos Santos. No período que antecede à Bienal Rubem Braga, marcada para o início de junho, o projeto enfocará principalmente a obra do grande cronista. “Assim ampliando a divulgação das crônicas de Braga, preparando a população para receber a bienal”, diz o presidente do Cineclube Jece Valadão, Carlos Roberto de Souza. Atrações do Sarau Pré-Bienal: Egisto Canal - poesiaAmélia e Julinho - música Vitrola de 3 - músicaJosé Pontes Shayder - historiador Amigos da Leitura – literatura Felipe Mourad – artista plásticoGrupo Sabiá - esquete teatral

sexta-feira, 14 de março de 2008

Bienal e Nossa Cidade são apresentados no Rubem Braga

A Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim e a Curadoria da Bienal Rubem Braga, em parceria com o Governo do Estado, por meio das secretarias municipais de Educação e Cultura, promoveram na manhã desta sexta-feira (14/03), no Teatro Municipal Rubem Braga, as apresentações da Bienal Rubem Braga/2008, do Projeto Nossa Cidade em Diversas Linguagens, do Concurso de Crônica Estudantil e do espaço Comunicação. O projeto Nossa Cidade em Diversas Linguagens está sendo desenvolvido pela Superintendência de Ensino da Secretaria de Estado de Educação. O espaço Comunicação é um projeto da área de Literatura que está sendo desenvolvido pelos professores em sala de aula.Participaram da solenidade de abertura, o curador da Bienal, o jornalista José Carlos, o secretário de Cultura, William Lima, que representou o prefeito Roberto Valadão e autoridades convidadas para o evento. O curador da Bienal, José Carlos Dias, enfatizou a importância do evento para o município e destacou a temática que contempla o Meio Ambiente, tema sempre presente nas crônicas de Rubem Braga. Dias fez uma exposição da programação que acontece entre os dias 05 a 08 de junho e que vai contar com as presenças de intelectuais, músicos, atores e escritores de vários estados brasileiros. “Essa Bienal é um processo contínuo para a cultura de toda a região sul e estamos envidando todos os esforços para o sucesso do evento”, ressaltou o curador.

Bienal Rubem Braga

A Bienal Rubem Braga que estará apresentando a temática “Crônica e Meio Ambiente” será realizada no período de 05 a 08 de junho, no Pavilhão de Eventos da Ilhada Luz. Toda a programação será desenvolvida em um auditório central, em um palco livre e em um palco show. A abertura oficial acontecerá no dia 05 de junho, às 19h30, com apresentação da Orquestra Sol Maior. Às 20h00 - será a solenidade aberta para discursos oficiais, apresentações de pequenos textos de Rubem Braga e fala da Danuza.


Lançamento nacional

O lançamento nacional da Bienal Rubem Braga 2008 acontecerá no próximo dia 25 de março, no Rio de Janeiro.Segundo o curador da Bienal, o jornalista José Carlos Dias, o evento será realizado na Fundação Casa Rui Barbosa, na Rua São Clemente, no Botafogo, de 17h às 19h, com as presenças de membros da Academia Brasileira de Letras, escritores, intelectuais, artistas, da imprensa carioca e convidados. “O lançamento da Bienal Rubem Braga foi programado para o local onde existe um acervo significativo doado pela família do cronista, composto de manuscritos e crônicas datilografadas”, adianta o jornalista.“O prefeito Roberto Valadão, acompanhado de uma comitiva, já garantiu presença na solenidade de lançamento da Bienal, o que vai engrandecer ainda mais o evento que visa divulgar a Bienal para todo o país”, confirma José Carlos Dias.

Programação
Dia 06 de junho
· Auditório Central09h00 às 12h00 – I Conferência Ambiental Rubem Braga que contará com a presença de várias personalidades para discutir o tema, como: Iran Firmino, Fernando Gabeira, Paula Saldanha, Washington Oliveto e Miriam Leitão14h00 às 17h00 – Encontro das personalidades da Biografia com a participação da Danuza Leão18h00 às 19h30 – Encontro dos autores de Cachoeiro de Itapemirim quando serão realizados três lançamentos21h30 – Show com Afonso Abreu
· Palco Livre09h00 às 10h00 – Apresentações performáticas para adultos - Grupo de Teatro 110h00 às 11h00 – Apresentação das crianças da oficina Contação de História12h00 às 14h00 – Música Teclado – com Marilia Mignone14h00 às 16h00 – Apresentações performáticas para crianças - Grupo de Teatro 217h00 às 18h00 – Música Metais – Marcos Vinicius20h00 às 22h00 – Música – Clube do Choro
· Oficinas 08h00 às 10h00 – Contação de Histórias pelas crianças08h00 às 12h00 – Leitura Dramática – Soraya Handam08h00 às 12h00 – Fotografia: Paisagem - José Carlos14h00 às 18h00 – Crônica Jornalística Ambiental14h00 às 18h00 – Filosofia da Ecologia Humana - Viviane Mosé, no mesmo horário - Dário Dias fará palestra sobre Filosofia Humana
· Palco Show22h00 às 24h00 – Show com João MoraesDia 07 de Junho
· Auditório Central09h00 às 12h00 – Palestra: Jornalismo Ambiental 14h00 às 17h00 – Palestra: Literatura para a Infância e Juventude com a participação dos escritores Ana Maria Machado, Antônio Secchin e Zuenir Ventura18h00 às 19h30 – Encontro de autores de Cachoeiro de Itapemirim com lançamentos de novos livros20h00 às 22h00 – Sarau de Crônicas com a participação da atriz Joana Fomm, Lucinha Lins e dois atores de Cachoeiro
· Palco Livre09h00 às 10h00 – Apresentações performáticas para adultos - Grupo de Teatro 310h00 às 11h00 – Apresentação das crianças da oficina Contação de História12h00 às 14h00 – Música Violão/MPB - Vagner Costa14h00 às 16h00 – Apresentações performáticas para crianças – Grupo de Teatro 417h00 às 18h00 – Música Samba
· Oficinas 08h00 às 10h00 – Contação de História pelas crianças08h00 às 12h00 – Leitura Dramática - Soraya. Palestra – Fotografia: paisagem - José Carlos14h00 às 18h00 – Crônica Jornalística Ambiental – Viviane Mosé. Fotografia: humana – com Dário Dias
· Palco Show22h00 às 24h00 – show com Elza SoaresDia 08 de Junho
· Auditório Central14h00 às 16h00 – Encontro de Cultura Popular com a participação de Alceu Valença e mestres convidados
· Oficinas 14h00 às 16h00 – Dança para Crianças – do Folclore. Voz para crianças – do Folclore e Crônica para crianças – do Folclore
· Palco Show12h00 às 14h00 – MV Bill16h00 às 18h00 – Furdunço – Capoeira, Bate-Flecha, Folia de Reis18h00 às 19h30 – Alceu Valença

quarta-feira, 5 de março de 2008

Sul em Diversas Linguagens

A Superintendência Regional de Educação (SRECAC) em parceria com a Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim (PMCI), por meio da Curadoria da Bienal Rubem Braga, está desenvolvendo o projeto “Sul em Diversas Linguagens” com o objetivo de trabalhar a crônica na sala de aula.
Conforme a coordenadora do projeto, Yara Lucia de Oliveira Pontine, as ações incentivam o potencial, criatividade e talento desses alunos, havendo a possibilidade de demonstrá-los no evento de tão grande porte como é a Bienal Rubem Braga “Crônica e Meio Ambiente”, que será realizado de 05 a 08 de junho.
“A Superintendência reconhece e acredita que os professores e alunos têm muito a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e vê a importância da formação dos jovens como ferramenta para melhorar a sociedade e promover a cidadania”, revelou a coordenadora.

Parcerias
A SEDU/SRECAC consolidou uma parceria com o Banco Itaú desde 2005 e vem desenvolvendo trabalho com as escolas de sua abrangência no que se refere à Crônica na Sala de Aula.
Em agosto de 2007, com a colaboração de professores da rede estadual de ensino e com o apoio de material oferecido pelo Banco Itaú, a SEDU/SRECAC ofereceu oficinas para professores representantes das disciplinas: Língua Portuguesa, Geografia, História com o objetivo de que os mesmos tornassem multiplicadores nas escolas.
Após conhecer o projeto, o curador da “Bienal Rubem Braga”, José Carlos Dias, propôs uma parceria para que a SRECAC envolva as escolas de sua abrangência na Bienal. A Superintendência de Cachoeiro aceitou a parceria e se comprometeu em elaborar o Projeto Cachoeiro em Diversas Linguagens, afim de que as escolas passassem a ser parte integrante do evento.

Escolas
A SRECAC pretende envolver três categorias das escolas estaduais: Ensino Fundamental (1ª a 4ª série), Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) e Ensino Médio.
Ensino Fundamental 1ª a 4ª série trabalharia com “O Meu Olhar sobre a Minha Rua”, Ensino Fundamental 5ª a 8ª série com “O Meu Olhar sobre o Meu Bairro” e o Ensino Médio – 1º ao 3º ano com “O Meu Olhar sobre a Minha Cidade”.
“É significativo executar o projeto, porque dará continuidade a um trabalho que já vem sendo feito em parceria com Itaú Cultural, com os alunos das escolas públicas estaduais bem como trará benefícios culturais no que se refere a agregação de conhecimentos que serão oferecidos por meio de oficinas, podendo assim provocar mudanças no processo ensino-aprendizagem e as escolas de abrangência da SRECAC ser parte integradora da Bienal Rubem Braga”, finalizou Yara.
Em relação às escolas do município será realizado um trabalho semelhante que envolverá todos os professores e alunos. Além de serem multiplicadores os participantes serão estimulados a participar da Bienal.