domingo, 18 de maio de 2008

Rubem é referência para grandes escritores

A escritora imortal Ana Maria Machado conheceu o escritor Rubem Braga ainda adolescente. Na época, ele já era seu ídolo e, a partir deste encontro, nasceu uma amizade que influenciaria a carreira da escritora de vez.
Durante um evento literário no Rio de Janeiro em 2003, Ana citou episódios curiosos de sua convivência com Rubem Braga, como a paixão do escritor por pitangas. "Certa vez, trouxe para ele umas pitangas que colhi no sítio dos meus avós no Espírito Santo. Bom, ele plantou as sementes em casa e foi este o começo dos famosos 'Jardins Suspensos' que Rubem cultivava dentro de seu apartamento", disse a escritora.
Logo nos primeiros tempos de convivência, era comum Rubem esperá-la na saída do colégio para conversar sobre literatura e pintura. "Numa das vezes, ele me trouxe uma rosa amarela. Guardei-a dentro de um livro, afinal, a primeira rosa amarela a gente nunca esquece", afirmou.
A escritora classificou a sua relação com Rubem como uma convivência de uma "menina tímida, que gostava de escrever, com seu ídolo".
Segundo Ana, Rubem criou um gênero na literatura ao escrever de um jeito coloquial, sem abrir mão da tradição literária. A lembrança do relacionamento dos escritores na época de Rubem Braga também foi lembrada por Ana. "Havia uma troca generosa e construtiva entre os escritores. Eles conheciam as obras uns dos outros diretamente e não por meio da imprensa, como acontece hoje", disse.Ana Maria Machado finalizou seu bate-papo lendo dois textos de Rubem Braga, "Mar" e "Rita".
Ana Maria Machado, junto com grandes nomes da literatura como Carlos Heitor Cony, Ignácio de Loyola Brandão e Zuenir Ventura estarão, entre 5 e 8 de junho, em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, cidade onde Braga nasceu, na Bienal Rubem Braga 2008.

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