sexta-feira, 6 de junho de 2008

Personagens se encontram

A biografia do cronista Rubem Braga produzida pelo escritor Marco Antonio de Carvalho, no livro “Rubem Braga, Um Cigano Fazendeiro do Ar” foi o tema da mesa redonda nesta sexta-feira na Bienal.Personagens como a escritora e cronista Danuza Leão, o artista plástico João Henrique Cúrcio e a jornalista Tati Bueno falaram sobre suas relações de amizade com o cronista cachoeirense considerado o criador da crônica moderna.Danuza nasceu em Itaguaçu, norte do Espírito Santo, em família de classe média. Chegou ao Rio aos dez anos e aos 18 foi a primeira modelo brasileira contratada por uma Maison francesa. Amiga de mitos como Vinicius de Moraes e do próprio Rubem Braga, viu a bossa nova nascer em sua sala.No seu depoimento sobre o cronista, Danuza ressaltou que até evita ler os trabalhos de Rubem Braga quando pretende produzir suas crônicas. “Prefiro não ler Rubem senão jamais conseguiria escrever mais”, garantiu. “Sinto-me muito pequena perto do poeta dos poetas da crônica”, finalizou Danuza.Atuou como mediadora, a jornalista Ana Karla Dubiela autora do livro "A traição das elegantes pelos pobres homens ricos - Uma leitura da Crítica Social em Rubem Braga"Ela é especialista em Estudos Literários e Culturais pela Universidade Federal do Ceará e seu livro começa mostrando as origens e evolução da crônica no Brasil, sua ligação inicial com a história, até ser considerada um gênero literário. Depois, dirige o foco para a crônica de Rubem Braga nos anos 60, em plena ditadura militar, e como ele utilizava as frestas da censura para fazer a crítica social, especialmente no livro "A traição das elegantes", de 1967.

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