sábado, 18 de fevereiro de 2012

Anacleto Ramos vai para feira na USP


O projeto da escola Anacleto Ramos está inscrito na Febrace com o número 395

A escola municipal Anacleto Ramos foi selecionada, pelo segundo ano consecutivo, para participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia promovida pela Universidade de São Paulo (USP), que é reconhecida como a maior do Brasil. De 12 a 17 de março, os estudantes Haysian Silvestre Costa, Letícia Gaspar Louzada e Thales Colombiano Louzada Moreira vão a São Paulo apresentar o trabalho Frigocar.
O projeto é uma espécie de frigobar para automóveis, com foco na sustentabilidade, capaz de gelar duas latinhas de 350 ml. Para desenvolvê-lo, os alunos reaproveitaram materiais encontrados em um Ferro Velho. Apenas as pastilhas peltier, para a refrigeração, e as dobradiças eram novas e custaram cerca de R$ 40 na época.
Este é o segundo ano consecutivo que a escola Anacleto Ramos participa da Febrace. No ano passado, um outro trabalho de Letícia e de Haysian – o Eco Frio – também foi selecionado para o evento, onde fez sucesso. Ele foi o sexto projeto mais votado pelo voto popular. Além de irem a São Paulo, os estudantes o apresentaram, meses mais tarde, na Feira de Ciência, Cultura e Inovação Tecnológica do Mercosul, em Posadas, na Argentina.
Neste ano, os três tiveram que sair da escola para continuar os estudos no ensino médio. No entanto, confirmaram que irão representar o Anacleto Ramos na feira, uma vez que o projeto foi desenvolvido quando ainda estudavam lá. “Foi fruto de muitas pesquisas e muito estudo também porque para pensar em um projeto assim não podemos ficar esperando que surja do nada. O segredo é estudar e pesquisar muito”, conta Letícia.

Novas conquistas
As conquistas dos estudantes, até então, tinham sido inéditas na rede municipal de Cachoeiro de Itapemirim. Segundo o gestor do Anacleto Ramos, Kessen Luiz Ferreira, todos os anos são apresentados uma média de 15 mil trabalhos em mostras de ciências no Brasil. Desses, 1.400 são inscritos na Febrace e, apenas, cerca de 300 são selecionados como finalistas.
“Em todo o estado do Espírito Santo, temos apenas cinco trabalhos inscritos. Um é de uma escola estadual de ensino fundamental e médio. Três outros são do Ifes. Só o da nossa escola foi feito por alunos do ensino fundamental. Estamos comemorando esse diferencial”, disse o gestor, que também vai estar na Febrace, junto com as professoras Polyana Borges de Oliveira Costa, orientadora dos estudantes, e Yerecê Regina Medeiros, coorientadora.

Todas as despesas pagas pela prefeitura
A Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim apoia a participação dos alunos da rede municipal em eventos como a Febrace e tem custeado todas as despesas de viagem dos alunos para que eles possam participar das feiras para as quais são selecionados. Segundo a secretária municipal de Educação, os resultados são fruto do investimento do município na área de educação.
“É o resultado de um trabalho com foco na qualidade do ensino, que vem sendo construído ao longo dos últimos três anos, com compromisso na qualidade de ensino. Isso motiva os demais estudantes da rede e é muito bom saber que alunos de escolas públicas estão representando o estado e o município de Cachoeiro na feira”.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Incentivo: inscrições abertas


As INSCRIÇÕES para o Projeto Cultural de Incentivo a Cultura - Lei Rubem
Braga - Edição 2012, encontram-se abertas desde o dia 16/01/2012,
encerrando-se em 02/03/12.
O prazo para a entrega dos PROJETOS vai até o dia 30/03/2012, lembrando
que quem não fizer a inscrição prévia, não poderá entregar projeto.
Enviamos em anexo o "Formulário de Inscrição" e o Edital com as
informações necessárias para inscrição e preenchimento.
Não deixe de participar de mais esta oportunidade,ressaltando que neste ano
serão R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais) a serem distribuidos
para as mais diversas áreas culturais, conforme estabelecido no Edital.

Obs:
Em caso de dúvidas, favor manter contato com Thomas ou Ivanélia pelos
telefones: 3155-5334 / 3155-5221 / 9991-3815.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O efeito “borboleta”


"A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido. Não na vitória propriamente dita”, Mahatma Gandhi.

por Roney Moraes*

Berço cultural de inegável importância para o país, Cachoeiro de Itapemirim (ES), que se tornou a cidade da crônica, viu nascer grandes nomes da cultura nacional, como o cronista Rubem Braga. E para homenagear e manter viva a memória do aclamado “pai” da crônica moderna, o maior evento cultural do sul do Espírito Santo: a Bienal Rubem Braga novamente vem batendo suas asas, e, desde já, causando efeitos favoráveis para sua realização.
Para quem acompanhou de perto todas as edições da Bienal Rubem Braga, esta não será diferente. Enquanto que nas duas primeiras trabalhei diretamente para sua realização, com textos e assessoria de imprensa. Na última, meio que de escanteio, peguei carona na imaginação e permaneci como num casulo, mas ainda assim abastecendo o blog www.bragaebraga.blogspot.com com rasantes de informações atualizadas. Como o tema escolhido para a atual edição, digo que do escuro e do que pouco prometia é que saíram informações e contatos para alguns visitantes que até hoje conversam comigo via e-mail. Ou seja, do feio saiu a beleza.
Apresentando a “borboleta” como temática, a IV Bienal Rubem Braga já causou o seu efeito. Entusiasta que sou não poderia deixar de colaborar. Acompanhada do mascote Zig, esta Bienal será inspirada na crônica “A Borboleta Amarela” escrita em 1955.
Com o objetivo de atingir todos os segmentos da sociedade, em particular as crianças, os adolescentes e os jovens, através das instituições de ensino públicos e privados, o evento reserva aos participantes uma extensa programação cultural, colocando frente-a-frente com o público grandes nomes da arte e cultura. Toda a programação acontecerá na Praça Jerônimo Monteiro, como na edição anterior, de 15 a 20 de maio.
A bienal, em momentos anteriores, já recebeu alguns desses gigantes do universo acadêmico, da literatura, teatro, filosofia e poesia nacional como Affonso Romano de Sant'Anna, Tônia Carrero, Viviane Mosé, Ferreira Gullar, Antônio Nóbrega, Elisa Lucinda, Marco Antônio de Carvalho, Isabel Lustosa, Domício Proença Filho, Antônio Carlos Secchin, Ivan Junqueira, Roberto Da Matta, Beatriz Resende, Adriano Espínola, entre outros.

Do ponto de vista simbólico
O tema simbólico: “borboleta” reflete a transformação, metamorfose, metanóia (num sentido mais profundo de mudança). O que estamos fazendo para divulgar a cultura em nosso município e assim transformar a vida de inúmeros adolescentes que sequer têm interesse pela leitura, dita popular, que para a maioria deles é erudita?
Poderíamos parar e utilizar a bienal para nos questionarmos quanto à mudança em nós mesmos. Neste momento, escrevendo este texto penso nisso. O surgimento de um novo aspecto em mim mesmo que pode melhorar a minha imagem. Então imaginemos juntos! Escritor e leitor.
Encontrar o fator primordial dessa mudança não é assim tão simples, mas já sabemos o resultado. A recompensa é grande e a contribuição para a formação de jovens pensantes apenas com um simples ato de começar a pensar no assunto ou ler uma crônica é inegável. A lagarta sofre. Toda mudança causa sofrimento, mas, a partir daí que o “milagre” acontece. O próprio ser transformado deve quebrar as barreiras que impedem o seu resplendor. Arrebentar o casulo com as asas as torna fortes o suficiente para voar e sobreviver as tempestades que encontrará no percurso de sua vida.
De um prisma humano, diria que se tornar borboleta é buscar a resiliência (termo da física que significa a capacidade de superação, tirando proveito dos sofrimentos, inerentes às dificuldades). É disso que o povo, os adolescentes e as crianças de hoje precisam. Que esta bienal rompa as barreiras da erudição e faça os mais humildes perceberem que o texto de Rubem Braga foi, é e sempre será popular, apesar de seu sincronismo entre o cotidiano, a literatura e o viés poético.
Ela é sincrônica no sentido de que traduz uma simultaneidade, ou uma síntese não só atemporal, como espacial. A crônica não está mais ligada apenas aos fatos do cotidiano. Por exemplo, Luiz Fernando Veríssimo de repente fala do século IXX e não está mais ligado a um só espaço ou a uma cidade, mas a vários lugares.
Antes, a crônica era considerada um gênero produzido essencialmente para ser veiculado na imprensa. É claro, com raras exceções antológicas. Hoje, especialistas concordam que ela é plural porque tem várias formas, apesar de perseguir aqueles modelos estabelecidos por Machado de Assis, Rubem Braga, Carlos Drumond Andrade e outros. Por isso, sem querer deixar o Zig com água na boca, escrever crônicas, para muitos, são os ossos do ofício.

* Roney Argeu Moraes é psicanalista e jornalista. Colaborador titular da coluna “Livre-se!”, em que se dedica à psicanálise, literatura e divulgação de eventos culturais, dicas de leituras e atividades educacionais. É presidente da Associação Psicanalítica do Estado do Espírito Santo (Apees) e analista ditada da Escola Freudiana de Psicanálise de Vitória. É o atual ocupante da cadeira de n° 40 na Academia Cachoeirense de Letras (ACL).
Contatos
Blog: www.colunalivre-se.blogspot.com.br
e-mail: roneyamoraes@gmail.com
Twitter: @roneyamoraes
Faceboock: Roney Moraes

Público da Bienal em expectativa


A participação do público marcou a terceira edição da Bienal Rubem Braga, realizada entre os dias 7 e 13 de julho de 2010, em Cachoeiro de Itapemirim. As atividades desenvolvidas na praça Jerônimo Monteiro, durante os sete dias da feira literária, atraíram 85.738 pessoas.
Para este ano, a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) já se movimenta para fechar a programação da IV Bienal que será de 15 a 20 de maio em Cachoeiro, terra do cronista mais famoso do Brasil.
O último evento cumpriu seu objetivo de estimular a leitura entre o público infanto-juvenil. Mais de 10 mil crianças e adolescentes, estudantes de escolas públicas e particulares, participaram ativamente das atividades lúdicas e de contação de histórias – entre outras associadas à literatura – realizadas na Arena Zig Braga e no auditório Marco Antônio de Carvalho. Pela biblioteca móvel da Itapemirim passaram 6,8 mil estudantes.
O público também prestigiou os debates sobre literatura promovidos por escritores novos e consagrados, músicos e roteiristas. Cerca de 760 pessoas compareceram às cinco mesas-redondas da bienal. Atraiu mais gente a que contou com a participação do poeta e músico Arnaldo Antunes, debatendo literatura e música.
Com as cinco oficinas oferecidas no evento, 249 pessoas aprenderam mais sobre a literatura. Destaque para a que trabalhou a relação da arte literária com o hip hop. Ministrada pelo rapper J3, ela atraiu 75 participantes.
Os shows de porte nacional no palco Rubem Braga, montado no meio da rua, contaram com a presença de cerca de 27 mil pessoas. A apresentação do cantor, compositor e violonista Toquinho atraiu aproximadamente 15 mil fãs para a praça Jerônimo Monteiro, segundo estimativas da Guarda Municipal e da Polícia Militar.