quinta-feira, 19 de junho de 2008

Jornalista fala de sua participação na Bienal


Na Bienal, fui anotando algumas frases interessantes de alguns palestrantes. Na foto eu e Zuenir. Confiram:


Do Zuenir Ventura

“Os jovens me perguntam o que devem fazer hoje para melhorar a situação do Brasil, se espelhando no que foi feito em 68. Eu devolvo a pergunta. O que você pode fazer? Afinal são vocês que estão vivendo o dia de hoje e devem saber o que fazer. Se não sabem é melhor mesmo não fazer nada. Eu sabia do meu tempo. Hoje são vocês que tem que saber”“A crônica do Rubem Braga é feita do nada, de nada”.“Segundo Machado de Assis, a crônica é sobre o oculto, o escondidinho”.“Rubem Braga reinventou a crônica no jornalismo, que queria os grandes fatos, os acontecimentos. O Rubem falava justamente do contrário, daquilo que era descartado. E conseguia espaço no jornal como se fosse notícia. O fato é o acontecimento e essa não é a matéria prima dele, mas é atual. Ela transcende o fato. No jornalismo o relato é perdido, com Rubem Braga não”.“Rubem Braga se imortalizou pela crônica”.


Da Danuza Leão

“Eu não leio Rubem Braga, senão nunca mais escrevo na vida”.


Antonio Carlos Sechim

“Durante 60 anos, Capitu pôde trair Bentinho em paz”."Ficar achando se ela o traiu ou não, é perder a riqueza de toda obra". "Dom Casmurro se considera traído, mas nunca saberemos de Bentinho realmente foi. Quem narra é Dom Casmurro, mas quem viveu foi Bentinho. A narrativa é da perspectiva de um, mas quem viveu foi o outro".

Freud explica..., aliás, nem ele segundo Secchin"O livro que foi lido em 1900 não pode ser analisado do mesmo jeito no contexto atual". "Machado tem elementos freudianos, sem nunca ter conhecido do psicanalista".


É bacana ouvir o que eles têm a dizer, mas também teve muita gente falando bobagem!


texto: Elisangela Teixeira


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